Taxa de desemprego se estabiliza à custa de vagas piores e salários mais baixos
A retomada consistente do mercado de trabalho é um cenário ainda muito distante do atual horizonte do Brasil, indicam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad contínua) divulgados pelo IBGE na sexta-feira (28).
Isso porque o mercado de trabalho no Brasil continua sustentado por vagas de baixa qualidade, deixando parte dos brasileiros no subemprego e achatando salários.A população ocupada cresceu 1,2% no trimestre de março a maio, na comparação com o trimestre até fevereiro. Porém, das 1,1 milhão de pessoas que passaram a trabalhar no período, mais da metade (582 mil) estava trabalhando menos do que gostaria, e quem está conseguindo emprego acaba recebendo um salário menor.
“Quantitativamente está havendo uma expansão do número de pessoas ocupadas. Só que por trás desse crescimento, percebe-se que são pessoas subocupadas”, afirma Adriana Beringuy, analista da Coordenação Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
O número de pessoas subocupadas por insuficiência de hora trabalhadas –que são aquelas que trabalham menos 40 horas por semana, mas gostariam e têm disponibilidade para trabalhar mais- chegou a 7,2 milhões em maio. (Folhapress)