Incêndio de grandes proporções atinge parque em área de Caatinga em Serra Talhada

Incêndio de grandes proporções atinge parque em área de Caatinga em Serra Talhada

Um incêndio de grandes proporções atinge o Parque Estadual Mata da Pimenteira, localizado em uma área de Caatinga, no município de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú de Pernambuco, localizado a cerca de 415 quilômetros do Recife. Segundo a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), equipes do Corpo de Bombeiros e da agência estão no local no trabalho de combate às chamas. O incêndio começou no final da manhã do último domingo (11) e não foi controlado até a manhã desta quarta-feira (14), de acordo com o Corpo de Bombeiros.

“Estamos nesta luta para extinguirmos o incêndio que, na tarde de ontem [segunda-feira], parecia controlado. No entanto, os ventos da noite fizeram as chamas aumentarem e, hoje [terça-feira], o fogo se alastrou, saindo dos limites da unidade de conservação. O combate está sendo realizado, a partir de hoje, também por via aérea, com o apoio de uma aeronave para o lançamento de água”, explicou o diretor presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Djalma Paes.

Ainda não há estimativas do tamanho da área afetada pelo incêndio, nem a causa e as consequências. A área onde ocorre o incêndio é de difícil acesso, pois é montanhosa, acrescenta a CPRH. Outros fatores de dificuldade para o combate às chamas são a baixa umidade do ar, a alta temperatura na região e a mudança da direção dos ventos.

O analista ambiental da CPRH e gestor do Parque Estadual Mata da Pimenteira, Rodrigo Ferraz, está na operação desde o último domingo. “A unidade de conservação possui quase 900 hectares de extensão, onde predomina a Caatinga. É uma área com muitas pedras, de vegetação fechada, o que dificulta o acesso. Mas, desde que fomos acionados, estamos juntos com o Corpo de Bombeiros e os voluntários, nesta missão”, disse.

O tenente coronel do Corpo de Bombeiros, Cristiano Correa, que comanda a operação de combate ao incêndio no Parque Estadual Mata da Pimenteira, explica que os incêndios em áreas florestais demoram a serem extintos porque não é só a queima aparente, a que se vê na superfície. “Na profundidade, o fogo também existe. É como uma fogueira de São João, que você julga apagada, mas que, ao revolver as cinzas, percebe que ainda há brasas. Isto é o que acontece em um incêndio em uma área de campo, só que em proporções muito maiores”, explicou. (FolhaPE)

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