Foto da Presidência mostra produto proibido na mesa de Bolsonaro
Fotos tiradas por um dos fotógrafos oficiais da Presidência da República mostram um suplemento alimentar proibido na mesa do presidente Jair Bolsonaro, informa o Correio Braziliense. O produto é o um frasco de Moringa oleifera, que é proibido no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo apuração do Correio. O produto é feito à base de uma planta do mesmo nome, nativa do norte da Índia.
As fotos foram tiradas na última quarta-feira, em reunião de Bolsonaro e alguns ministros para receber Regina Duarte como nova titular da Secretaria da Cultura. Questionado sobre o assunto pelo Correio Braziliense, o governo não se pronunciou.
Também conhecida como “árvore milagrosa”, a Moringa oleifera é apresentada em diversos sites na internet como rica fonte de nutrientes, aminoácidos, antioxidantes, propriedades antienvelhecimento e anti-inflamatórias. É indicada para prevenção e tratamento de problemas de saúde, como depressão, câncer, diabetes, hemorroidas, absorção de colesterol no intestino, indisposição e falhas no funcionamento do aparelho digestivo, entre outros.
Em 3 de junho do ano passado, a Anvisa baixou a Resolução-RE nº 1.478, determinando “a proibição de comercialização, distribuição, fabricação, importação e propaganda de todos os alimentos, em todas as formas de apresentação, que possuem Moringa oleifera em sua composição, uma vez que não há comprovação de segurança de uso desse vegetal em alimentos. A proibição se estende ao uso do insumo Moringa oleifera para fabricar alimentos”.
Segundo a Nota Técnica Nº 29/2019 da Anvisa, de 28 de junho, a proibição foi determinada após a constatação da existência de “inúmeros produtos denominados e/ou constituídos de Moringa oleifera que vêm sendo irregularmente comercializados e divulgados com diversas alegações terapêuticas não permitidas para alimentos, como cura de câncer, tratamento de diabetes e de doenças cardiovasculares, entre outras muitas”.
Em 27 de junho de 2019, a Anvisa lançou o Chamamento Público Nº 7. O documento deu prazo até 19 de julho do mesmo ano para que os interessados enviassem ao órgão informações e estudos que indicassem ou comprovassem que o uso da Moringa oleifera em alimentos não é prejudicial à saúde humana. (ISTOé e CB)
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