Com aplicativos de transporte, pessoas bebem mais, mas morrem menos no trânsito

Com aplicativos de transporte, pessoas bebem mais, mas morrem menos no trânsito

Depois da chegada do Uber, do 99 e do Cabify, as pessoas passaram a consumir mais bebidas alcoólicas em bares, mas o número de acidentes de trânsito e de mortes diminuiu, segundo economistas que se debruçaram sobre dados oficiais para entender o impacto dos apps de transporte na vida das pessoas e nas cidades.

Os pesquisadores dos EUA Jacob Burgdorf e Conor Lennon, da Universidade de Louisville, e Keith Teltser, da Universidade Estadual da Georgia, estudaram os dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Riscos Comportamentais (BRFSS, na sigla em inglês), dos Centros de Controles de Doenças (CDC), que congrega anualmente informações de mais de 400 mil entrevistas com pessoas acima de 18 anos que vivem no país.

A conclusão deles é que essas pessoas, após a chegada do Uber, passaram a beber 3,1% mais drinques por dia, 2,8% mais vezes ao mês e a 4,9% mais drinques por ocasião. 

A prevalência de uso excessivo de álcool –definido como consumo em ao menos cinco dias no mês, ao longo de duas horas, de mais de quatro drinques para mulheres e cinco para homens– aumentou em 9%.

Os CDC calculam que cerca de 88 mil mortes acontecem graças ao uso excessivo de álcool todo ano (de cirrose a acidentes de trânsito) no país, o que tornaria perigoso esse impacto dos aplicativos de transportes. (Folhapress)

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