Cientistas encontram sete novos coronavírus em morcegos na África

Cientistas encontram sete novos coronavírus em morcegos na África

O mundo já está familiarizado com o SARS-CoV-2. Nem precisa de muita explicação para que todos se lembrem que essa sigla faz referência ao causador da Covid-19, doença pandêmica que já atingiu mais de 4 milhões de pessoas ao redor do globo.

Você também sabe que ele é chamado de novo coronavírus. Esse nome não é à toa, afinal, não é a primeira vez que nos deparamos com um membro indesejado dessa família. Em 2002, o SARS-CoV-1 surgiu na China e foi responsável por causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave, que matou cerca de 800 pessoas. Dez anos depois, o MERS-CoV apareceu na Arábia Saudita, sendo o causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio, que somou 850 mortes. Existem outros quatro tipos de coronavírus que infectam humanos, mas provocam apenas resfriados comuns. Sem contar os coronavírus que circulam apenas entre animais e não conseguem passar para humanos.

Os dois SARS-CoV derivaram de morcegos na Ásia, mas esse não é o único continente a contar com o vírus em alguns de seus animais. Pesquisadores do Centro Internacional de Pesquisa Médica, em Franceville (Gabão), encontraram sete novos coronavírus em morcegos na África.

Os cientistas testaram mais de mil morcegos que vivem em cavernas espalhadas pelo Gabão e descobriram que 18 dos animais portavam coronavírus – desses, sete são novos para a ciência. Cinco deles estavam relacionados ao coronavírus humano 229E, uma espécie que circula entre nós desde 1960, mas é daqueles que causam só um resfriado. Isso significa que as novas cepas encontradas podem agir de forma semelhante, mas é preciso mais estudos para confirmar. Os outros dois não estão relacionados a nenhum coronavírus humano conhecido, por isso, não é possível definir o risco.

 

foto: Getty Images

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