Preço da Cesta Básica em Juazeiro ficou mais alto que o de Petrolina no mês de agosto

Preço da Cesta Básica em Juazeiro ficou mais alto que o de Petrolina no mês de agosto
A pesquisa do Custo da Cesta Básica de agosto, realizada pelo Colegiado de Economia da Facape faz comparação entre os preços, e foi realizada para agosto em relação à fevereiro, mês pré-pandemia do coronavírus no Brasil.
Os resultados mostram que o custo da Cesta Básica em Juazeiro/BA foi de R$ 361,96 e, em Petrolina/PE, foi de R$ 356,38. Assim, o custo na cidade baiana é maior do que na pernambucana. Em relação ao aumento comparado a fevereiro, este foi de 1,20% em Juazeiro/BA e de 4,17% em Petrolina/PE. Contudo, estes valores refletem o forte impacto da redução do preço do tomate no período. No início do ano o tomate estava com um preço muito elevado e, em agosto, já não existia mais o desequilíbrio da oferta e demanda.
Sem considerar o impacto do preço do tomate, os índices seriam de 9,3% em Juazeiro/BA e de 9,5% em Petrolina/PE, ou seja, bem mais elevados. Assim, é importante verificar o que ocorreu entre fevereiro e agosto por item que compõe a cesta básica. Os itens carne (11,26% em Juazeiro/BA e 12,37% em Petrolina/PE), leite integral (27,02% e 13,13%), feijão carioca (11,78% e 22,94%), arroz (33,16% e 22,49%) e óleo de soja (23,40% e 19,93%) demonstram o quanto aumentaram os preços de itens importantes do dia a dia da mesa do consumidor brasileiro, nesta pandemia.
Com a pandemia houve o fechamento de bares e restaurantes, muitas famílias passaram a trabalhar em home office  e, consequentemente, preparar os alimentos em casa. Assim, ocorre um aumento na demanda de alimentos nos supermercados, frutarias, açougues etc. As famílias brasileiras evitaram viagens, ficaram mais em casa, o que contribuiu para o crescimento da compra de alimentos.

“Mesmo com o crescimento no número de desemprego nesse período, o auxílio emergencial disponibilizado pelo Governo Federal, em valores maiores do que o Bolsa Família, por exemplo, fez com que o país passasse a ter mais famílias com poder aquisitivo mais elevado, que passaram a consumir mais. Os preços refletem esta maior demanda. Os consumidores precisam ficar atentos e pesquisar para poder economizar, já que existem grandes diferenças entre o menor e o maior preço encontrado para todos os produtos.” Ressaltou o coordenador da pesquisa, professor João Ricardo de Lima.

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