Um caso inusitado e triste aconteceu em um cemitério particular de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Uma mulher de 22 anos foi ao local e desenterrou o corpo do filho, que morreu com 1 mês e cinco dias.

A criança foi sepultada no dia 11 de junho, em uma cova em uma área do cemitério em que há um convênio com a prefeitura para sepultar vítimas do novo coronavírus.

O bebê morreu com suspeita do covid-19, mas o teste realizado deu negativo. A criança era o primeiro filho do casal, que em semanas anteriores esteve no cemitério para levar flores e fazer orações.

De acordo com Mano Caetano, que é administrador de outro cemitério mas participou da resolução do caso, a mulher teria dito que desenterrou o bebê para trocar a fralda dele. Ela ainda chegou a rasgar um pedaço do vestido que usava para enrolar o corpo da criança.

A mãe também pulou o portão do cemitério e andou por 300 a 400 metros de distância do espaço. “Eu rezo um terço toda noite e eu rezei por essa senhora, porque eu sei o desespero dela”, disse Mano do Caetano.

Atendimento

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Vigilância Sanitária, a Polícia Militar, a Secretaria de Obras e outros órgãos foram acionados para tratar do caso.

A mulher foi convencida a deixar o corpo do filho e foi encaminhada para o Hospital Regional Dom Moura. Ela estava com as mãos feridas por ter desenterrado a criança, e também recebeu atendimento psicológico.

Fonte: Jornal Desafio