Tecnologia atual ainda não permite habitação de Marte, diz estudo
Uma argumentação comum a quem defende a habitação de Marte — ou a Terratransformação de Marte, como divulgam os entusiastas da proposta — é que seria possível liberar o gás carbônico preso na atmosfera marciana para aquecer o planeta. Com isso, as condições no planeta se aproximariam daquelas encontradas na Terra.
Um estudo da Universidade de Colorado patrocinado pela Nasa, agência espacial americana, nos Estados Unidos, contudo, mostrou que Marte não retém dióxido de carbono o suficiente para possibilitar o seu aquecimento. Também a tecnologia atual não permitiria a produção de gases suficientes para serem liberados no planeta.
O CO2 é conhecido como um gás de efeito estufa e, no planeta Terra, é apontado como um dos principais gatilhos para o aquecimento global — o aumento da temperatura média da Terra. Em Marte, no entanto, a ideia era que o gás poderia ser útil para aquecer a atmosfera do planeta.
A pesquisa foi publicada na segunda-feira (30) na “Nature Astronomy”. Pesquisadores analisaram dados de cerca de 20 anos de espaçonaves que estudaram o planeta. Mais especificamente, eles investigaram o quanto Marte tem de minerais portadores de carbono. Cientistas também analisaram a ocorrência de CO2 no gelo polar.
Os resultados, no entanto, foram desanimadores para quem previa uma habitação mais rápida de Marte — principalmente após a descoberta de grande quantidade de água líquida na superfície marciana. (G1)