Coronavírus: mesmo com cenário da pandemia, fruticultura irrigada se mantém em Petrolina e região

Coronavírus: mesmo com cenário da pandemia, fruticultura irrigada se mantém em Petrolina e região

Existem setores que não podem parar, a exemplo do alimentício, que mesmo diante da atual pandemia por coronavírus não pode parar com suas atividades e produção. Em Petrolina, cidade sertaneja que integra o Vale do São Francisco – região que é a maior produtora de frutas do Brasil, a fruticultura irrigada continua com ótimo desempenho e mostrando bons números para a economia, além de manter os trabalhadores atuantes com todas as medidas padrões de profilaxia recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o gerente executivo da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), Tássio Lustoza, as exportações de manga e uva, principalmente, continuaram fluindo bem, apesar de todo este cenário de paralisações de voos e alguns tipos de comércio. “Nosso produto é escoado em sua maioria por navios, e este serviço está funcionando normalmente. Nesse primeiro semestre o volume enviado para outros países como Holanda, EUA, Reino Unido e Espanha representa apenas 30% do total exportado. Nosso ápice da exportação se concentra no segundo semestre do ano, quando concentramos 70% de todo o volume exportado de mangas e uvas”, afirmou o gerente.

Apesar da paralisação dos voos, apenas 7% do volume exportado sai via aérea o restante segue em navios cargueiros. “Ainda não sofremos tanto neste primeiro semestre, mas se essa situação se perdurar até agosto aí sim teremos problemas. Tivemos uma ínfima redução nesse primeiro semestre, fazendo um comparativo com o mesmo período no ano de 2019, mas mantenho as informações de que os primeiros três meses sempre são os mais sensíveis para a exportação de manga e uva, já que podem apresentar números expressivos no volume exportado tanto para mais quanto para menos”, complementou Tássio.

Por ano, são 170 mil toneladas de manga e 49 mil toneladas de uva que chegam até as mesas de países como Portugal, Canadá, Holanda, Espanha, EUA, Reino Unido, movimentando na região de Petrolina, anualmente, cerca de quase R$ 300 milhões o que justifica esta ser a principal força geradora de renda da Califórnia do Sertão.

Sobre os cuidados extras nas fazendas

A Prefeitura de Petrolina, por meio da Secretaria de Governo e Agricultura, tem acompanhado os acordos do Sindicato Patronal da Fruticultura Irrigada e demais sindicatos rurais do município que já estão implementando ações para garantir a segurança em saúde. Nas fazendas de produção de frutas como manga e uva, estão sendo adotadas as seguintes medidas:

  • Manter um metro de distância de cada pessoa;
  • Lavar bem as mãos com água corrente e sabão;
  • Instalação de diversos lavatórios ao longo das principais áreas das fazendas;
  • Esquemas de rodízio de turmas na hora do almoço para que não haja aglomeração de mais de 10 pessoas no mesmo ambiente;
  • Esquema de novos turnos na colheita para que também não haja aglomeração de funcionários;
  • Uso de equipamentos de proteção individual que são distribuídos para os trabalhadores;
  • Mulheres grávidas e pessoas acima de 60 anos estão em casa, em regime de banco de horas.
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