Relatório do HDM/IMIP diz que 55% dos partos não deveriam ser feitos na unidade

Relatório do HDM/IMIP diz que 55% dos partos não deveriam ser feitos na unidade

O relatório anual do Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina reforçou uma problemática já antiga da unidade materno infantil: a superlotação provocada por pacientes que não correspondem ao perfil do serviço. Em 2019, de acordo com os dados do setor de gerenciamento, 55% dos partos realizados foram de baixo risco, sendo que o hospital é referência apenas para o alto risco.

Atender a uma população de aproximadamente 2 milhões de pessoas, de mais de 50 municípios, e a uma demanda muito superior a sua, não é tarefa fácil, e esse é, sem dúvida, um dos maiores desafios do hospital, que busca superar as suas dificuldades na luta diária, já que os atendimentos não param de crescer.

Para se ter uma ideia, de 2018 para 2019 os atendimentos de urgência e emergência pularam de 111.757 para 121.047, o número de partos subiu de 7.173 para 7.416, e a oferta de consultas ambulatoriais saiu da casa dos 80 mil para 101.504.

Já o número de cirurgias eletivas fechou em 6.010, a quantidade de exames laboratoriais ficou em 296.971, os citopatológicos contabilizaram 13.748 e o Banco de Leite Humano (Biama) finalizou o ano com mais de 35 mil atendimentos (foram 31 mil em 2018).

Isso significa que, por mês, o Dom Malan realiza (em média) 600 partos, 10 mil atendimentos de urgência e emergência, sendo 3600 no setor obstétrico e 6400 no pediátrico, 8.400 consultas ambulatoriais, 500 cirurgias eletivas e 24 mil exames.

“Acredito que foi mais um ano de superação para um serviço de referência, que mesmo se mantendo rotineiramente ultrapassando suas metas contratuais e atuando bem acima da sua capacidade resolutiva, consegue oferecer uma assistência à saúde humanizada e de qualidade à população”, acredita o superintendente Etiel Lins.

Sobre os 55% de partos de baixo risco, o gestor é enfático: “Continuamos com os mesmos problemas e tendo que atender uma demanda que não é nossa, já que a gente não pode mandar essas pacientes voltarem. Enquanto os municípios solicitantes não fizerem os seus papéis permaneceremos vivendo essa realidade”.

Para superar as problemáticas, o HDM conta com um bom realinhamento dos recursos, uma gestão eficiente dos mesmos e alguns projetos internos de humanização, apoio ao paciente, qualificação, treinamento da equipe e ações de endomarketing. “A nossa meta é continuar oferecendo um serviço resolutivo na maior maternidade em volume partos de Pernambuco”, finaliza. (NOSSA VOZ)

 

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