Crianças são maioria entre as vítimas de queimaduras em festejos juninos
O Setor de Queimados do Hospital da Restauração (HR) divulgou, na manhã desta quarta-feira (26), no Recife, relatório parcial sobre os pacientes que sofreram acidentes causados por fogos de artifício ou pelo contato direto com fogueiras. Desde a véspera de Santo Antônio (11 de junho), o HR atendeu um total de 41 pessoas. Entre as vítimas, 23 são crianças de 1 ano a 12 anos e 18 adultos. Em 2018, foram registrados 76 casos durante todo o ciclo junino.
Entre as tradições que marcam as festas juninas, os fogos de artifício e as fogueiras são as que mais causam acidentes. O médico Marcos Barreto, chefe do Setor de Queimados do HR, afirmou que, no período junino, as ocorrências da ala hospitalar aumentam em até 23%. Segundo o médico, o relatório parcial mostra que pode haver uma redução significativa no número de vítimas em relação ao ano passado. Entretanto ele lembrou que, em 2018, a Copa do Mundo de Futebol aconteceu no período junino, o que fez com que os casos de feridos com explosivos fosse maior. Para ele, “o ideal é comparar com o ano de 2017, quando recebemos um total de 55 feridos”.
Entre os 41 pacientes deste, 29 sofreram acidentes com fogos de artifício e 12 com fogueiras. Os casos considerados mais graves, em que as vítimas precisaram sofrer amputações, são menos frequentes. Neste ano, já foram registrados cinco casos do tipo. Somente um paciente continua internado em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Um novo relatório deve ser divulgado após os festejos de São Pedro, comemorado no dia 29 deste mês. (FolhaPE)