Em nove horas no Senado, Sergio Moro minimiza crise

Em depoimento de quase nove horas no Senado para explicar a troca de mensagens vazadas com o procurador Deltan Dallagnol, chefe da Lava Jato, o ministro Sergio Moro (Justiça) admitiu nesta quarta-feira (19) a possibilidade de deixar o posto no governo Jair Bolsonaro (PSL) caso sejam apontadas irregularidades em sua conduta.
“Eu não tenho nenhum apego pelo cargo em si. Apresente tudo. Vamos submeter isso, então, ao escrutínio público. E, se houver ali irregularidade da minha parte, eu saio. Mas não houve. Por quê? Porque eu sempre agi com base na lei e de maneira imparcial”, disse.
Na audiência, Moro afirmou aos senadores estar “tranquilo” e que, se for divulgada pelo site The Intercept Brasil a íntegra das mensagens, “sem adulteração e sem sensacionalismo”, “essa correção vai ser observada”. Ele chamou o site de “aliado” de hackers.
O ministro prestou esclarecimentos à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Ao final da audiência, só havia no plenário parlamentares alinhados à agenda de Moro -e senadores posaram para fotos ao lado do ministro. (Folhapress)