Contra rejeição, Bolsonaro chora na TV e Haddad diz que não faz ‘campanha de um partido’
Os dois candidatos à Presidência tentaram, em seus primeiros programas eleitorais de segundo turno exibidos na televisão, nesta sexta-feira (12), reduzir os pontos que levam os eleitores a rejeitá-los. Jair Bolsonaro (PSL), que busca o eleitorado feminino, chorou ao falar de sua filha caçula, Laura, a primeira após ser pai de quatro filhos.
O candidato reutilizou um vídeo que já havia publicado na internet sobre como decidiu que iria tentar a paternidade novamente: afirma que decidiu desfazer uma vasectomia. “Mudou muito a minha vida a chegada da Laura”, afirmou, antes de aparecer em vídeo brincando e pedindo o beijo da filha. Em 2017, o deputado fez piada com o nascimento da menina, dizendo que havia fraquejado e veio uma mulher.
Enquanto isso, Fernando Haddad (PT) apostou suas fichas em conquistar o apoio do eleitor antipetista. Falando em direção ao vídeo, disse que sua “campanha não é de um partido, é de todos os que querem mudar o país”. Pediu o voto de “todos que são a favor da democracia”. Ambas as campanhas dos presidenciáveis também tentaram colar no outro uma imagem negativa.
Enquanto o programa de Bolsonaro aponta para o risco de “venezualização” do Brasil com a volta do PT ao poder, o de Haddad relaciona o adversário à violência.
Bolsonaro divulgou uma fala de Lula que faz referência à criação de confiança para que os partidos de esquerda cheguem ao poder na América Latina. Diz que o vermelho, cor usada pelo PT, é um ” um sinal de alerta para o que não queremos no país”. (Folhapress)