Ex-prefeito Miguel Coelho critica PEC 6×1 e alerta para impactos negativos na economia e no emprego

Ex-prefeito Miguel Coelho critica PEC 6×1 e alerta para impactos negativos na economia e no emprego

O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, manifestou-se nas redes sociais sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6×1, que propõe a redução da jornada de trabalho no Brasil de seis para quatro dias por semana, mantendo o salário integral. Coelho, em vídeo divulgado, criticou a proposta e alertou para possíveis consequências econômicas negativas, como inflação, aumento da informalidade e impactos na produtividade.

“Se o Brasil continuar no ritmo que está, o brasileiro só vai dobrar o seu padrão de vida em 344 anos,” afirmou Miguel, citando dados sobre a baixa produtividade e renda per capita no país desde 2010. Segundo ele, uma redução de 33% na carga horária semanal, sem corte de salários, tornaria o emprego formal mais caro, o que, em sua visão, poderia aumentar o desemprego e a informalidade.

O ex-prefeito ressaltou que os custos mais altos para empresas seriam repassados ao consumidor, gerando inflação, e que a proposta poderia desencadear uma “automação e inovação” ainda mais intensas, substituindo empregos humanos por tecnologias. “Para cada 1% de redução na jornada de trabalho, há um aumento de 1% na automação”, destacou, mencionando um estudo com 25 países mais desenvolvidos que o Brasil.

Ele defendeu ainda a necessidade de reformas estruturais para melhorar serviços públicos e aumentar a produtividade, em vez de medidas que ele classificou como “populistas”. “O Brasil precisa encarar reformas que realmente impactem em serviços de qualidade para a população, como saúde, saneamento, educação e segurança pública”, declarou.

O político concluiu pedindo um “debate sério e respeitoso sobre o futuro do Brasil,” enfatizando que soluções de longo prazo devem substituir medidas imediatistas para que o país se torne mais justo e próspero.

Google+ Linkedin

1 comentário

  • Luan

    Se a carga horária dos trabalhadores for reduzida, o patrão repassa os custos para o comércio, a fim de manter as lojas abertas na sexta e no sábado. No final, quem paga o preço é o povo, que tem que arcar com valores cada vez mais altos para conseguir alimentação e outros produtos essenciais, enquanto os trabalhadores acabam sendo sobrecarregados e mal remunerados.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

*

*