Vacina de Oxford gerou resposta imune em testes iniciais contra Covid-19, diz estudo
Estudo divulgado na manhã desta segunda-feira (20) na revista científica The Lancet aponta bons resultados da vacina da Universidade de Oxford contra o novo coronavírus. A pesquisa, em parceria com a biofarmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, foi realizada com cerca de 1.077 pessoas saudáveis. Os resultados são das fases um e dois dos testes.
O estudo foi do tipo randômico, com grupo de controle, que recebeu uma vacina de meningite, e cego, no qual os voluntários não sabem qual medicamento foi administrado.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina desenvolvida pela universidade britânica é uma das três opções que estão na versão da fase três de testes. Com base no estudo, a resposta imune pode ser ainda mais efetiva quando uma segunda dose é administrada.
Entre os efeitos colaterais, apesar de pequenos, estavam fadiga e dores de cabeça. Dor no local da injeção, dores musculares, calafrios e estado febril também foram notados. De acordo com a divulgação, eles puderam ser reduzidos quando os pacientes tomaram paracetamol.
Apesar de conseguir criar uma resposta imune ao vírus, ainda é preciso descobrir se a vacina pode proteger efetivamente as pessoas de uma infecção.
Para pesquisadores, uma vacina ideal contra o vírus deve ser efetiva após uma ou duas doses, trabalhar em grupos de risco, como adultos e pessoas com condições pré-existentes, garantir uma proteção de, no mínimo, seis meses e reduzir a infecção pelo SARS-CoV-2.
Os dados foram coletados entre os dias 23 de abril e 29 de maio e os testes ainda estão acontecendo.
Essa foi a primeira divulgação dos dados relacionados à vacina de Oxford. (DP)