Cresce em 40% o número de desligamentos por morte de funcionários CLT na Bahia

Cresce em 40% o número de desligamentos por morte de funcionários CLT na Bahia

Nos primeiros três meses de 2021, 678 pessoas perderam um emprego de carteira assinada na Bahia. O motivo antes fosse uma demissão. Esses baianos morreram e entraram na estatística de desligamentos por mortes. O número assusta, pois no mesmo período de 2020 houve apenas 484 desligamentos do tipo. Isso significa que, em um ano, cresceu em 40,1% o número de contratos de trabalho encerrados por causa de óbitos dos funcionários.

Esse cálculo foi feito num levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a partir de dados de trabalho formal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. A diferença entre um período e outro estudado é a pandemia de covid-19, que ainda estava no começo no primeiro trimestre de 2020. Na Bahia, por exemplo, apenas duas pessoas morreram por covid nesse período.

Já em 2021, foram 6,2 mil mortes pela doença no primeiro trimestre, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). No total, em toda pandemia, a Bahia já apresenta 22.513 mortes por covid. No Brasil, o crescimento de desligamentos por mortes é maior do que o do estado. Foram 13.2 mil contratos encerrados no primeiro trimestre de 2020 para 22,6 mil no mesmo período de 2021, um salto de 71,6%.

A Bahia, por sinal, é o quarto estado com menor índice de crescimento nos casos de desligamentos por morte, perdendo apenas para o Amapá, Pernambuco e Rio de Janeiro. Já o estado campeão é o Amazonas, que, no início do ano, viveu um colapso no sistema de saúde com falta de oxigênio hospitalar. O resultado foi um crescimento percentual de desligamentos de 437,7%, indo de 114 para 613, entre o primeiro trimestre de 2020 e o de 2021.

Os 678 desligamentos por mortes na Bahia no primeiro trimestre de 2021 também representam o recorde estadual de toda a pandemia e um crescimento de 31,4% em comparação com o último trimestre de 2020, quando 516 pessoas foram desligadas por esse motivo. A nível nacional, o recorde também foi batido nesse ano e o salto em comparação com o período anterior é de 48,1% (De 15,3 mil desligamentos por morte para 22,6 mil).

Para os especialistas, embora os dados não identifiquem a causa dos óbitos, ele indica o quanto a pandemia voltou a causar mais mortes em 2021 com a chamada ‘segunda onda’. Atualmente, todo o país vive o temor de uma terceira onda de contaminações tomar conta do território. Na Bahia, o governador Rui Costa chegou a declarar que tem medo de o mês de julho apresentar números epidemiológicos piores do que o de março desse ano.  (Correio24H)

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