Sertão ganha laboratório vivo para Cidades Inteligentes

Sertão ganha laboratório vivo para Cidades Inteligentes

A criação do laboratório vivo será concretizado nesta quinta-feira (13), quando a prefeitura de Petrolina publica decreto instituindo o Programa Sandbox. O espaço de demonstrações de soluções tecnológicas será montado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com o INDT (Instituto de Desenvolvimento Tecnológico).

A iniciativa contará com recursos financeiros repassados à ABDI pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, por meio da Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano. “A parceria com a prefeitura de Petrolina e o ministério vai permitir que a gente crie na cidade um hub de inovação para tecnologias de cidades inteligentes. Nossa expectativa é melhorar a vida dos moradores e contribuir para aprimorar o ecossistema de inovação já existente no local”, afirma o presidente da ABDI, Igor Calvet.

“O Ministério do Desenvolvimento Regional vê com bons olhos esta iniciativa, que estimula o investimento em tecnologia e soluções urbanas em um município que, com inovações, tornou-se referência em termos de desenvolvimento sólido e sustentável”, afirma o secretário Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Tiago Pontes Queiróz.

Na área de tecnologia da informação, o termo “sandbox” significa ambiente isolado, específico para testes. O objetivo do sandbox de Petrolina é ser um local de realização de testes e desenvolvimento de novas tecnologias para atender as necessidades do município. Terá a participação de startups, empresas de base tecnológica, e parceria com o ecossistema de inovação regional.

“Ponto fundamental para o INDT, em relação a esse projeto, é a competência adquirida, o que habilita o Instituto a desenvolver expertise e contribuir com outros projetos”, comenta o diretor executivo do INDT, Geraldo Feitoza.

Instalações

Após o decreto, a ABDI iniciará as instalações para criação do laboratório vivo de Cidades Inteligentes. No projeto, está prevista a criação de um centro de comando e controle (CCO), além da instalação de: semáforos inteligentes, iluminação pública inteligente, câmeras de alta definição e softwares de inteligência artificial para reconhecimento facial e de placas de veículos.

Além destas, posteriormente, empresas poderão utilizar a infraestrutura criada para demonstrar e testar tecnologias de bicicletas compartilhadas, carros elétricos compartilhados, monitoramento climático e meteorológico, hidrômetros inteligentes, lixeiras inteligentes, monitoramento e atuação inteligente por drones, geração de energia solar, entre outros.

Petrolina

O Hub de demonstração de tecnologias de Cidades Inteligentes será o primeiro da região. A cidade pernambucana foi escolhida por fazer parte da Rota de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR). Petrolina destaca-se também por ter o melhor índice de saneamento básico do Nordeste. Além disso, tem tamanho e porte similar a diversos municípios brasileiros, o que dá a esse ambiente de demonstração um alto potencial replicador.

O ecossistema de inovação da região é formado por universidades públicas, instituto tecnológico e faculdades particulares. Grande parte destas instituições são voltadas à área de tecnologia. O setor produtivo local conta também com 112 empresas de tecnologia com possibilidades de ampliação deste mercado.

Laboratório vivo e Cidades Inteligentes

O Laboratório Vivo é uma vitrine para demonstração e avaliação de soluções tecnológicas para Cidades Inteligentes. O intuito é promover maior competitividade e visibilidade às tecnologias instaladas no país relacionadas a Cidades Inteligentes.

Em janeiro de 2019, foi inaugurado o Living Lab (Laboratório Vivo) de Cidades Inteligentes, em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu (PR).  Os testes estão focados em três pilares: usabilidade, interoperabilidade e cibersegurança.

O sandbox de Petrolina será o primeiro resultado do Acordo de Cooperação Técnica assinado entre a ABDI e a prefeitura no início deste ano.

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