Sem menção a gênero e a tortura, Brasil apresenta documento de candidatura a conselho da ONU
O Ministério das Relações Exteriores apresentou, nesta quinta-feira (11), ao Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), o documento de candidatura do Brasil à reeleição no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH), para o triênio de 2020 a 2022. As eleições acontecem em outubro deste ano, e há duas vagas para países sul-americanos.
O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) é formado por 47 membros, que cumprem mandatos de três anos, com limite de uma reeleição. Em outubro de 2016, Brasil e Cuba foram escolhidos para o período entre 2017 e 2019.
Dentre as prioridades listadas no documento, o governo citou o “fortalecimento dos vínculos familiares” e afirmou que “está desenvolvendo políticas públicas transversais, que têm na família ponto focal da atuação do estado”. O governo se diz comprometido com o apoio a “iniciativas que contribuam para fortalecer as estruturas e relações familiares”.
Diferentemente de documentos anteriores, como o que garantiu a eleição do Brasil para o conselho em 2016, o texto apresentado nesta quinta não traz menções a gênero e a tortura.
As menções à promoção dos vínculos familiares, que não apareciam no documento de 2016, aparecem agora nove vezes no texto. (G1)