A matéria do noticioso espanhol diz que agora Haddad quer uma Frente Democrática e traduz o sentimento de compreensão da realidade por alguns políticos que no primeiro turno apoiaram o PT. “O histórico do PT não ajuda na ampliação dessa frente democrática”, avalia ao EL PAÍS Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB. “A dificuldade decorre de uma visão exclusivista do PT”. O jornal afirma que Siqueira se refere às articulações do ex-presidente Lula (preso há seis meses em Curitiba) para evitar que os socialistas se aliassem a Ciro Gomes antes do início do período eleitoral, o que teria dado ao pedetista musculatura e recursos que possivelmente o tornariam um candidato mais competitivo. Ao dar o troco em Lula, os Ferreira Gomes praticamente sepultaram a frente democrática que Haddad planejava construir, diz o jornal.

Afirma o texto do El País, que o sentimento anti-petista é, na verdade, o grande problema enfrentado pela candidatura de Haddad, que se fez  sombra de Lula quando lançado na campanha. Tão pouco tempo e a candidatura não adquiriu identidade própria. O sentimento anti-petista tem se mostrado maior. Haddad bem que tentou buscar essa outra identidade no segundo turno, sem tempo mais para isso.

Enquanto isso uma grande incógnita se apresenta nas análises da imprensa internacional como um todo, com a grande virada ideológica do governo brasileiro. Bolsonaro ganha as páginas dos jornais em todo mundo. O que virá desse governo que se desenha tão cheio de polêmicas?