Brasil participará de fase avançada de teste de vacina contra HIV
Uma vacina preventiva contra o HIV deve passar pela última fase de testes em humanos em oito países da Europa e da América, entre eles o Brasil, para avaliação de sua eficácia.
A pesquisa, apelidada de Mosaico por juntar vários subtipos do vírus para formar uma proteção ampla, está na fase 3. Esse é o estágio mais avançado dos testes antes de a imunização ser aprovada. Nessa etapa, milhares de voluntários recebem a vacina para que a capacidade de prevenir novas infecções seja avaliada.
A vacina, iniciativa do NIH (Institutos Nacionais de Saúde) dos EUA, será testada em 3.800 homens e pessoas transexuais que mantêm relações sexuais com homens e transexuais e que tenham entre 18 e 60 anos. Nos EUA, as inscrições devem começar ainda em 2019.
No Brasil, a Faculdade de Medicina da USP será uma das instituições parceiras envolvidas no teste, segundo Esper Kallás, imunologista e professor da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP). Ele afirma, porém, que ainda deve demorar alguns meses até que se possa falar em inscrições de voluntários. A FMUSP recebeu apenas uma carta oficializando a parceria e aguarda os protocolos do teste.
O público-alvo tem a ver com a alta prevalência do HIV entre homens gays e bissexuais e mulheres transgênero. Nos EUA, a população gay e bissexual (que representa 4% do total) responde por um terço dos novos casos de HIV, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano. O órgão também aponta que pelo menos 14% das mulheres transgênero americanas têm o vírus. (Folhapress)