Modelo do avião de Gabriel Diniz soma 9 acidentes fatais em 1 ano

Modelo do avião de Gabriel Diniz soma 9 acidentes fatais em 1 ano

O modelo de avião Piper PA-28, o mesmo utilizado pelo cantor Gabriel Diniz, do hit Jenifer, esteve envolvido em 84 acidentes, com 11 mortes, em todo o mundo no último ano, segundo a plataforma colaborativa Aviation Safety Network. O relatório aponta ainda que as 11 mortes do período ocorreram em nove acidentes. A última delas aconteceu no dia 6 de maio, no Alabama (EUA).

Entre a ocorrência e o acidente envolvendo Gabriel Diniz, já haviam sido registrados outros três imprevistos sem vítimas fatais com o modelo, sendo um deles na cidade de Tiradentes (MG), no último dia 8. No Brasil, dados do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) contabilizam 85 ocorrências com o modelo Piper PA-28 desde março de 2009, sendo 47 incidentes, 12 incidentes graves e 26 acidentes.

A aeronave de pequeno porte começou a ser produzida pela Piper Aircraf nos anos de 1960 e já foram fabricadas desde então mais de 32 mil unidades.

O engenheiro aeronáutico Shailon Ian, presidente da Vinci Aeronáutica, avalia que a quantidade elevada de ocorrências é justificada pelo uso frequente da aeronave em situações de risco elevado. “Tem a ver mais com o tipo da operação do que com o próprio avião, que é um modelo usado muito para instrução e voos de finais de semana”, afirma ele.

Para Ian, a utilização também pode ser refletida na diversificação dos acidentes. “O risco aeronáutico é calculado pelo avião e o local onde ele está sendo operado. Às vezes, você tem um avião superseguro, mas se for operado constantemente de maneiras insegura, acaba tendo um risco muito elevado”, completa o engenheiro, que descarta responsabilidade da aeronave pelo volume de ocorrências.

O acidente desta segunda-feira (27), que matou o Gabriel Diniz e os pilotos Abraão Farias e Linaldo Xavier, ocorreu com a aeronave de prefixo PT-KLO, fabricada em 1974. O avião, de propriedade do Aeroclube de Alagoas, estava autorizado a fazer voos de instrução e proibido de realizar táxi aéreo.

O avião envolvido no acidente tinha capacidade para transportar três pessoas, estava com o Certificado de Aeronavegabilidade regularizado até fevereiro de 2023 e tinha a IAM (Inspeção Anual de Manutenção) válida até março de 2020. (R7)

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