Uma nova greve de caminhoneiros neste ano teria impactos potencialmente maiores na economia que os provocados pela paralisação de maio de 2018, estima a consultoria Austin Rating.
“O impacto de uma paralisação num momento em que o governo se encontra fragilizado seria desastroso. É difícil no momento dimensionar quanto. Isso porque não sabemos a intensidade nem a duração de uma eventual paralisação”, disse Alex Agostini, economista-chefe da consultoria.
No ano passado, após dez dias de greve dos caminhoneiros, o desempenho do setor de serviços caiu 3,8%, a produção industrial despencou 10,9%, as vendas no comércio recuaram 0,6%, e a inflação disparou de 0,4% em maio para 1,26% em junho.
“Além das perdas significativas, a retomada da economia depois de uma paralisação como aquela do ano passado leva de três a quatro meses”, disse Pedro Francisco Moreira, presidente da Abralog (Associação Brasileira de Logística).
Segundo Agostini, poderiam se somar também paralisações de outras categorias, como servidores públicos, contrários à reforma da Previdência. (UOL)