Estudo revela que 60% de gestantes já tiveram a zika

Estudo revela que 60% de gestantes já tiveram a zika

Um estudo sorológico com 262 gestantes que pariram entre janeiro e novembro de 2016, em Pernambuco, indicou que cerca de 60% delas haviam sido infectadas pelo zika e quase a totalidade tinham anticorpos para a dengue. O dado faz parte de um levantamento feito pelo Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (Merg) da Fiocruz de Pernambuco.

O relatório completo foi publicado esta semana no periódico O PLOS Neglected Tropical Diseases. Nesta terça-feira (12), o tema foi um dos assuntos do seminário internacional “Zika Vírus: Três Anos após a Epidemia – Pesquisas em desenvolvimento e perspectivas de novas parcerias Pernambuco”, que reuniu na sede da Fiocruz Pernambuco, no Recife, os maiores nomes da pesquisa sobre o vírus.

“O que ficou muito claro nesse estudo é que havia um grande percentual de mulheres – tanto mães de casos de microcefalia como mães controle (sem microcefalia) – infectadas por zika. Isso mostra que foi uma epidemia que teve uma taxa de ataque muito alta naquele período. Também verificou-se que maioria delas também já tinha uma exposição prévia a dengue”, explicou a pesquisadora Celina Turchi. Ela destacou que das 262 grávidas triadas em oito maternidades da Região Metropolitana, 89 dos filhos nasceram com a microcefalia e 173 não tinham esta malformação.

No geral, apenas 7,25% das mães foram positivas para infecção recente pelo zika, o que significa dizer que o contágio delas era superior a seis meses antes do parto. Nenhuma delas apresentava no momento do parto, os sinais agudos do vírus. A presença de muitas mulheres com anticorpos para dengue (principalmente a tipo 3 e 4) indicam que este pode não gerar proteção para a infecção futura de zika, como se imaginava. (FolhaPE)

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