Catar pagou US$ 880 milhões à Fifa por Copa-2022, diz jornal
O jornal britânico The Sunday Times traz na edição deste domingo (10) a informação de que o Catar pagou US$ 880 milhões (R$ 3,4 bilhões) para ser o país sede da Copa do Mundo de 2022 o que seria o mais novo escândalo de corrupção envolvendo a Fifa. O caso teria acontecido em 2010, quando Joseph Blatter ainda era presidente da entidade.
De acordo com a publicação, o canal de TV Al Jazira, financiada pelo governo do Catar, pagou duas parcelas de US$ 400 milhões e US$ 480 milhões, três anos depois, à Fifa pelo país ser oficializado como sede do Mundial em cumprimento a contrato assinado 21 dias antes da decisão, em 2010.
Segundo o The Times, antes de o Catar ser eleito a sede da Copa, executivos da emissora de TV assinaram um contrato fazendo a oferta à Fifa. “O contrato incluiu uma taxa de sucesso sem precedentes de US$ 100 milhões que seria paga em uma conta designada pela Fifa somente se o Catar tivesse sucesso nas eleições para a Copa do Mundo em 2010”, escreve o jornal.
“Isso representou um enorme conflito de interesses para a Fifa e uma violação de suas próprias regras, já que o país era financiado pelo governo do Catar. O dono da Al Jazira na época era o emir do Catar Sheikh Hamad. O pequeno estado do Golfo estava desesperado para sediar o maior evento esportivo do mundo. Um vasto acordo de TV oculto que quebrou as regras de licitação mostra até que ponto ele estava preparado para ir”, conta o The Times, que informa ter tido acesso a documentos que provam o acordo entre a entidade e a TV. (Folhapress)