Caso Beatriz: familiares e amigos pedem a prisão de homem que apagou imagens

Caso Beatriz: familiares e amigos pedem a prisão de homem que apagou imagens

Familiares e amigos na menina AnaBeatriz – morta aos sete anos de idade, em dezembro de 2015, com 42 facadas durante uma festa na escola em que estudava em Petrolina, Sertão de Pernambuco – protestam nesta quarta-feira (12) no Recife, em frente ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE),  área central da capital pernambucana.. Com cartazes, faixas e vestidos com camisetas que trazem a foto de Beatriz, o grupo pede a prisão do funcionário da escola Alison Henrique, que teria apagado as imagens do circuito interno da câmera de segurança da instituição de ensino.

O pai da menina Beatriz, Sandro Romilton, questiona o por quê das imagens terem sido apagadas, dias depois da ocorrência do crime. De acordo com ele, mesmo com o pedido da polícia das imagens e para que ninguém tivesse acesso às dependências da escola, o funcionário responsável pelo sistema de segurança entrou e apagou as imagens.

“Descobrimos, temos imagens do momento em que o funcionário da escola responsável pelo setor de monitoramento das câmeras apaga as imagens, que eram reveladoras, que mostravam o suposto criminoso de ter cometido o crime com Beatriz. As imagens foram apagadas vinte dias depois do ocorrido. Questionamos então quem deu essa ordem para apagar as imagens?”.

Ainda de acordo com o pai da menina assassinada, tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público têm conhecimento do fato, inclusive o próprio MPPE solicitou que outras empresas de segurança, que trabalham com recuperação de imagens, comprovassem a veracidade da ação desse funcionário. “Não somo irresponsáveis de apontá-lo como o autor do crime, mas ele contribuiu para que o assassino não fosse descoberto”, completa Sandro.

O crime segue sem solução e tampouco há uma linha de investigação do caso. De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, foi designada a delegada Polyana Neri para ficar exclusivamente à frente das investigações. O inquérito conta atualmente com 19 volumes e mais de 4 mil páginas e está sob a responsabilidade do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

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