PT se reúne pela primeira vez após derrota nas urnas para Bolsonaro
Na tentativa de reverter a situação delicada em que se encontra, a cúpula do PT se reúne hoje e amanhã, pela primeira vez após a derrota nas urnas, para definir os próximos passos da sigla. A estratégia dos petistas é se reaproximar de setores, como o evangélico, criar uma unidade na esquerda e fazer uma autocrítica, mesmo que leve, para promover uma reforma interna. Isso sem abandonar a campanha pela libertação do ex-presidente Lula. Sem nomes para o front, o senador eleito pela Bahia, Jaques Wagner , desponta como bastião do partido no próximo governo.
Fernando Haddad, que disputou a presidência da República, está nos Estados Unidos e não participará do encontro do Diretório Nacional. Nele serão debatidos passos para os próximos meses, como a ideia de apostar no discurso de que o partido foi vítima de uma campanha terrorista. Certeza, mesmo, é o enfrentamento ao presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Wagner começa a se preparar para a sua atuação a partir de 1º de janeiro. Uma das principais medidas é se distanciar de Haddad. Interlocutores do senador eleito dizem que ele está em “resguardo” para não ser associado ao correligionário. Governador por duas vezes da Bahia, fez seu sucessor e conseguiu manter a influência no Nordeste. Quer firmar a posição de político bem-sucedido e com espólio. (Correio Brasiliense)