Mirando em 2022, Marília Arraes quer união da oposição e faz afago em Miguel Coelho
Em entrevista ao Nossa Voz desta quarta-feira (03), a deputada federal Marília Arraes (PT), evitou comentar o desembarque do Partido dos Trabalhadores da gestão Paulo Câmara. A parlamentar foi candidata a prefeita do Recife no ano passado numa disputa bastante acirrada com o João Campos (PSB) e na época, integrantes PT permaneceram ocupando cargos no governo do Estado, de gestão socialista.
“Eu não costumo falar sobre essa questão do PT ocupar cargo não porque eu jamais fui lá pedir cargos e nem apoiei Paulo Câmara, nem o PSB. Nós tivemos uma campanha muito difícil, conseguimos chegar a segundo turno com muita luta porque não tivemos os recursos que os nossos adversários e tiveram, não tivemos o apoio político. Durante o segundo turno também não houve uma unidade da oposição, então não vou ficar discutindo picuinha interna de partido”, ponderou.
Mantendo a disposição de ingressar na disputa para governadora em 2022, a deputada prega a união das oposições independente da ideologia política de cada partido. “Acho que a gente precisa discutir é Pernambuco, o que é o melhor que a Pernambuco. Eu vejo hoje que o melhor cenário é que haja uma articulação, uma unidade, da oposição e independentemente de ser esquerda, direita, de no plano nacional estar de um ou de outro lado. Mas que a gente olhe a realidade regional, a realidade local de Pernambuco, o que Pernambuco quer da gente em vez de cada um estar olhando para o seu próprio umbigo, para o seu próprio ego”.
Entre os critérios para a escolha do nome ao governo, Marília defende que grupo a ser formado precisa agir com maturidade. “Na oposição a gente tem vários homens que tem toda a capacidade de disputar o Governo do Estado, mas é importante ver a viabilidade, a capacidade de unir de cada um e para isso tenho buscado diálogo com diversas forças, com diversas figuras da política local e que a gente possa ter a maturidade e a sabedoria de construir o melhor cenário para o nosso Estado. Porque o a gente está vendo é que termina, por falta de articulação da oposição, o PSB vai ficando no poder, vai ficando, vai ficando e isso não está sendo bom para Pernambuco. Tanto é que a rejeição de Paulo Câmara é enorme, a rejeição do que era prefeito do Recife era enorme e ainda assim eles conseguem eleger sucessores porque a oposição não se coloca de maneira inteligente, de maneira organizada”.
Para a petista, se essa união já estivesse em pratica, ela seria hoje prefeita do Recife. “Se no segundo turno tivesse toda oposição se juntado, se articulado, mostrando que existisse nenhum sentimento anti-PT, um sentimento anti-isso ou anti-aquilo, mas o que a gente está discutindo é Pernambuco. A capital define muito sobre a política do Estado”.
Pondo em pratica seu espírito conciliador, Marília Arraes aproveitou a entrevista concedida ao Nossa Voz para fazer um afago nos colegas de partido que atuam em Petrolina e no prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, que também está sendo apontado como pré-candidato a governador.
“Mandar um grande abraço para minha amiga Cristina Costa, que foi uma grande vereadora e que continua continua aí numa luta grande e se articulando bastante para trazer recursos, para trazer benefícios para Petrolina e para toda a região. Para vereador Gilmar, nosso amigo também, grande vereador. Para o ex-deputado Odacy, para a deputada [estadual] Dulcicleide. E também desejo novamente, como já desejei algumas vezes que o prefeito Miguel continue fazendo essa gestão muito boa que ele vem fazendo para Petrolina”. (Blog Nossa Voz)