Baixas temperaturas ajudaram preço da acerola madura disparar nas feiras livres em Petrolina
Começou a safra de acerola em Petrolina, no Sertão pernambucano. Os produtores comemoram o preço da fruta madura, que disparou com a volta das feiras livres, suspensas por causa da pandemia. A alta também foi causada pelas temperaturas baixas registraram neste ano, que atrasaram o ciclo natural da fruta em algumas plantações.
Há cerca de seis anos a plantação do produtor rural, Jorge Mariano da Silva, estava cheia de gente trabalhando na colheita. A área que tem 1,5 hectare já deveria estar carregada de frutas, mas ele só deve começar a colher em cerca de 20 dias.
“Esse ano o frio chegou muito cedo. Do final de abril para o começo de maio já amanhecia uma friagem muito grande. A floração que vinha na acerola não vingava. Para nossa surpresa, foi embora cedo. Porque em agosto começou a temperatura ideal para a acerola, que é de cerca de 32º a 34º e não está amanhecendo frio. Essa é a temperatura ideal para o mercado da acerola”, disse Jorge Mariano da Silva.
Nos últimos anos, o mercado da acerola passou por algumas mudanças na região. A quantidade de empresas que costumavam comprar a produção diminuiu. Isso alterou também as formas de comercialização e os preços.
A acerola verde sempre foi a preferida da indústria. Utilizada para a fabricação de cosméticos e extração de vitamina C, a fruta verde chegava a ser vendida por até R$ 3,20 o Kg, há dois anos. Mas nos últimos meses, os produtores não conseguiam mais do que R$ 1,50 no Kg e perceberam que estava mais vantajoso deixá-las na planta até amadurecer.
Isso porque o preço da acerola madura disparou nas feiras livres, que estiveram suspensas durante a pandemia do Novo Coronavírus. No início de 2019, o quilo era vendido por, no máximo, R$ 0,75. Atualmente está por R$ 3,50. A produtora rural Maria Eva Ribeiro comemora. No hectare plantado, eles já conseguiram colher, em menos de uma semana, 150 quilos da fruta.
“O preço hoje a gente comemora assim, porque a gente está no meio da pandemia e está tendo feira livre para a gente vender nossos produtos. É para glorificar mesmo”, destacou Maria Eva. (G1)