Produtores de pera do Vale do São Francisco começam a vender frutas para o mercado interno

Produtores de pera do Vale do São Francisco começam a vender frutas para o mercado interno

Produtores de pera do Vale do São Francisco, que trabalham em áreas experimentais, começaram a vender as primeiras frutas para o mercado interno. Este é um grande avanço para uma cultura que, antes, era exclusiva apenas de regiões mais frias.

Há sete anos, o produtor Téofilo Ferreira Corcino plantou as primeiras peras nas terras que ficam no Núcleo 5, em Petrolina. A princípio, era só um teste com 200 plantas. Hoje, já são mais de duas mil, de três variedades espalhadas em uma área de dois hectares. Em duas safras, ele consegue colher, em média, 60 toneladas de peras.

“A pera produz bem, não precisa muito esforço para ela florar. É logo. Essa aqui mesmo nós estamos na segunda safra, tirou uma lá pelo mês de setembro e agora ela já tá com outra safra sem fazer nada pra ela vim flor, ela florou por conta própria”, explicou o Teófilo Ferreira Corcino.

A pera é uma fruta de clima temperado e parecia impossível que ela se adaptasse ao clima seco e quente do semiárido nordestino. As pesquisas começaram em 2008, lideradas pela Embrapa. No início, foram testadas 16 variedades. Cinco delas apresentaram bons resultados.

“Nós iniciamos esse trabalho aqui pra avaliar a possibilidade de produção de peras e outras frutíferas de clima temperado aqui na região. Então dos experimentos que nós montamos, já identificamos 5 variedades. Essas 5 variedades tem um pontifical de mais de 60 toneladas por hectare/ano. Então aqui nós fazemos duas safras por ano na mesma planta. Então é uma coisa assim diferente de outras regiões produtoras de pêra. E outra coisa pra vocês terem uma ideia: essas pêras que vocês estão vendo aqui é um material de baixo requerimento de frio, mas mesmo assim tem o requerimento de 400 horas de frio, isso quer dizer, necessita de 400 horas com temperatura menor ou igual a 7.2 graus centígrados. E aqui na região a gente não tem nenhum segundo sequer com essa temperatura. Então com o manejo dessa cultura aqui na região, um manejo que foi feito de uma forma diferenciada das regiões tradicionalmente produtoras, então nós começamos a fazer essas avaliações, a formar os botões florais, que é a parte produtiva da planta, conseguindo uma boa floração, uma boa frutificação, resultando em produção em produção como vocês estão vendo aqui, onde a gente chega até mais de 30 toneladas por hectare a cada ciclo, que são dois ciclos por ano na mesma planta”, explicou o agrônomo Paulo Roberto Coelho Lopes.

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