Polícia Civil treina agentes para atendimento pré-hospitalar em operações especiais
Durante uma operação, é possível que um policial sofra um ferimento por arma de fogo ou branca, entre outros artefatos. Pensando em garantir o socorro imediato e reduzir o número de mortes evitáveis enquanto o serviço hospitalar não chega, a Coordenação de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil da Bahia está capacitando cerca de 60 profissionais, entre delegados, investigadores e escrivães. O treinamento é composto por parte teórica e prática e inclui também simulação de atendimento. A terceira turma concluiu o curso nesta sexta-feira (24), na sede do COE, em Salvador.
Os primeiros socorros seguem o protocolo internacional MARC 1, adaptado à realidade da polícia brasileira, como explica o investigador e instrutor do treinamento, Paulo Boson. “Esse protocolo vislumbra a participação do policial no tempo zero do trauma. A gente precisa de alguém presente porque, em determinados traumas, o tempo é muito importante e, pela geografia de alguns locais e complexidades de algumas missões, o socorro tradicional muitas vezes demora um tempo. Então, é importante que o policial esteja presente e inicie o protocolo MARC, que tem como carro-chefe o controle do sangramento massivo”.
Durante o curso, os policiais aprendem sobre o controle de hemorragias com uso de torniquetes, preenchimento de feridas em áreas onde o torniquete não alcança – como ombro, pescoço e virilha, desobstrução de vias aéreas, identificação de perfuração no tórax e realização de curativos, entre outros cuidados que garantam a manutenção da temperatura no corpo, para que a vítima não tenha hipotermia.
“Com certeza, esse curso é de grande valia para todos os policiais, em especial para nós, operadores da COE, porque estamos acostumados a ser empregados como último recurso da polícia. Atuamos em ações extremamente complexas e perigosas e ter a confiança de estar habilitado a salvar a vida de seu companheiro ou a sua própria nos traz ainda mais segurança no campo de batalha”, afirma o investigador Mário Nogueira, aluno da terceira turma.
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