Sistema de reconhecimento facial identifica e prende 109 foragidos na Bahia
A primeira mulher presa em Salvador pelo sistema de reconhecimento facial implantado pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) foi considerada foragida por cinco anos. Yolanda*, 39 anos, teve a prisão preventiva decretada em 2014 por tráfico de drogas. Mas, como a justiça só tinha um endereço incompleto, ela nunca foi localizada. A espera só acabou no dia 13 de julho do ano passado. Yolanda estava vestida de preto, com os cabelos presos, encostada a um balcão da rodoviária de Salvador, quando foi reconhecida por uma das câmeras do terminal vinculadas ao sistema de reconhecimento e, finalmente, presa.
De acordo com o Correio, no entanto, quatro meses depois, a justiça concluiu que ela não era traficante – e que, mesmo que fosse condenada enquanto usuária de drogas, não seria presa, mas faria serviços comunitários ou receberia medidas educativas. O mesmo sistema que prendeu Yolanda em julho passado alcançou, no dia 20 de dezembro, a marca de 100 prisões, pouco mais de uma ano depois de ser implantado.
Até o último dia 2 de janeiro, a ferramenta havia ajudado a localizar 109 pessoas procuradas pela polícia – quatro delas durante o Festival Virada Salvador, na Boca do Rio. Mas ele ainda gera discussões. (Correio)