Em 3 anos, rendimento do FGTS só ganhou da poupança com repasse integral de lucros; entenda
Desde 2017, os trabalhadores com contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) vêm recebendo parte dos lucros desse fundo. A partir do próximo ano, no entanto, isso pode deixar de acontecer.
Nos dois primeiros anos, as regras definiam a distribuição aos trabalhadores de 50% do lucro do FGTS fundo. Já em 2019, o governo editou uma medida provisória elevando esse percentual para 100% – fazendo com que o rendimento ficasse acima da poupança.
Na última semana, no entanto, o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei que veta a distribuição proposta pelo próprio governo. Assim, o repasse do lucro do FGTS não terá mais um percentual definido para os trabalhadores e dependerá da “saúde financeira do próprio fundo”.
Mesmo com o possível fim do repasse dos lucros, no entanto, o FGTS pode voltar a render mais do que a caderneta em 2020 – mas só porque o rendimento da poupança é que deve cair (entenda mais abaixo nesta reportagem).
Como funciona o lucro do FGTS
O FGTS usa o dinheiro dos trabalhadores para emprestar recursos em projetos de infraestrutura e crédito da casa própria. Em troca, recebe juros. O lucro do FGTS resulta desse ganho, descontados os custos para sua manutenção, e fica disponível para o caixa do governo.
Antes da medida, todo o lucro obtido dos investimentos com o recurso ficava em um fundo do governo, que decidiu dividi-lo com o trabalhador para tentar melhorar a remuneração, que sempre perdia de todas as aplicações.