Profissionais da saúde iniciam capacitação para lidar com varíola dos macacos em Pernambuco

Profissionais da saúde iniciam capacitação para lidar com varíola dos macacos em Pernambuco

Na tarde desta quinta-feira (4), o chefe do setor de Infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Demétrius Montenegro, ministrou uma webpalestra sobre a situação epidemiológica do vírus monkeypox e o manejo clínico de pacientes com a doença para profissionais da saúde em Pernambuco. Na palestra, ainda foi detalhado o cenário epidemiológico em Pernambuco, pelo epidemiologista da SES-PE, George Dimech.

Durante a exposição, após apresentação do contexto histórico-epidemiológico da doença e da revisão de literatura, o médico Demétrius Montenegro frisou a importância do isolamento em casos suspeitos e também a responsabilidade sanitária de cada indivíduo.

“De forma diferente de como ocorre com o coronavírus, não se trata aqui de um isolamento, propriamente, respiratório, já que é necessário um contato muito próximo e direto com a pessoa contaminada. Nesse surto, o modo de transmissão é de pessoa para pessoa, então, o problema é o contato com as lesões contaminantes e com a exposição direta às gotículas respiratórias contendo o vírus”, explicou.

Também foram discutidos pontos para reforçar e uniformizar o protocolo de atendimento e manejo clínico; os critérios com relação aos casos prováveis que atendam à definição de caso suspeito, assim como, orientações gerais e de diagnóstico.

Desde o mês de junho, a SES-PE emitiu nota técnica para os serviços de saúde das redes públicas e também privada sobre as diretrizes a serem adotadas para vigilância, acompanhamento e manejo clínico dos casos suspeitos e confirmados da monkeypox em Pernambuco.

Sendo assim, todos os serviços de saúde já estão aptos a realizar o primeiro atendimento de um caso suspeito da infecção pela monkeypox, iniciar o protocolo de notificação e manejo clínico do paciente, além de encaminhamento para os serviços de referência nos casos assim indicados. Nos casos de maior gravidade, os pacientes devem ser encaminhados, via Central de Regulação, para as unidades de referência em doenças infectocontagiosas (Hospital Correia Picanço, Hospital Universitário Oswaldo Cruz e Hospital das Clínicas). (FolhaPE)

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