Risco de pegar Covid aumenta em quase cinco vezes ao não se vacinar

Risco de pegar Covid aumenta em quase cinco vezes ao não se vacinar

chance de uma pessoa não vacinada se infectar pelo coronavírus é aproximadamente cinco vezes a de quem já está completamente imunizado, afirma o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos).

Esse valor, calculado nos EUA, é de um cenário em que a delta já corresponde à maior parte dos casos de Covid, como é a realidade também de alguns estados e cidades brasileiras.

Em uma situação em que a cepa ainda não é prevalente, o risco de uma pessoa não imunizada se infectar é em média 11 vezes maior quando comparado a quem já completou o ciclo vacinal.

Com esses dados, o CDC afirma que a capacidade das vacinas de barrar a transmissão do vírus diminuiu com a dispersão da delta, mas ainda traz um grau de proteção muito importante para a população, principalmente para casos graves da doença.

O órgão reitera que, mesmo com a delta, pessoas não vacinadas têm por volta de dez vezes mais chances de serem internadas quando se comparam a quem já se imunizou —no caso de mortes, esse número sobe para 13.

Os pesquisadores então concluem que o avanço da variante nos Estados Unidos foi um fator importante para explicar o crescimento da taxa de disseminação da Covid-19 entre pessoas vacinadas. Ainda assim, a cepa não teve grande impacto no aumento de casos graves da doença para os imunizados.

O estudo também ressalta que, embora o número de casos tenha aumentado para quem se imunizou, as taxas de infecção ainda são mais altas entre os não vacinados.

As informações fazem parte de uma pesquisa que analisou o impacto da cepa nos EUA considerando as vacinas da Pfizer, da Moderna e da Janssen. No levantamento, o CDC observou mais de 600.000 pacientes maiores de 18 anos em 13 estados americanos.

O centro dividiu o estudo em dois períodos de 2021. O primeiro foi de 4 de abril a 19 de junho, momento em que a delta não correspondia à maioria das infecções. O segundo inicia-se em 20 de junho e acaba em 17 de julho, intervalo em que a variante já era prevalente, chegando a 90% de todos os diagnósticos de Sars-CoV-2.

Com esse modelo, os pesquisadores compararam os períodos e conseguiram estimar a diferença de transmissão, hospitalização e morte antes e depois da propagação da delta.

Segundo a pesquisa, houve o aumento de 13 pontos percentuais em casos da Covid-19 entre indivíduos totalmente imunizados no período de predominância da cepa. A estimativa era que, sem a variante, esses diagnósticos teriam aumentado somente em cinco pontos percentuais. (Folha S. Paulo)

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