Efeito colateral não atrapalha eficácia da vacina contra Covid-19, diz médico
Na edição desta segunda-feira (21) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou por que as pessoas não devem escolher qual vacina tomar contra a Covid-19.
Profissionais da saúde dizem que tem sido frequente pessoas chegarem para vacinar e, ao ouvir que só tem o imunizante da AstraZeneca disponível, perguntar se tem outro. O motivo da rejeição é o medo de ter algum efeito colateral.
Mas as estatísticas contrariam o receio popular: somente uma a cada cinco pessoas que recebem a primeira dose da vacina da AstraZeneca pode ter algum sintoma considerado normal, que incluem febre, fadiga e mal-estar.
“Toda vacina pode causar reação. Estamos diante de um momento de pandemia e desde o começo falamos que vacina boa é vacina no braço. Porque a gente sabe que os imunizantes são diferentes e podem provocar respostas diferentes, desde resposta imunológica diferente, assim como efeitos colaterais”, explicou Gomes.
“Mas a gente não pode se dar ao luxo nesse momento de querer escolher. (…) O risco de uma pessoa ter coronavírus e ter complicação comparado com o risco de tomar a vacina, acaba sendo um comportamento pueril querer ficar escolhendo [qual vacina tomar]”, alertou o médico.
Gomes ainda esclareceu por que os efeitos colaterais da vacina AstraZeneca acontecem e reforçou que eles não impactam na proteção contra a Covid-19.