Risco de Covid cresce 192% em sala de aula
O risco de contaminação pela Covid-19 aumenta 192% para professores que estão em sala de aula. Sem vacina e em contato com alunos diariamente, os docentes em regime presencial têm risco maior de desenvolver a doença. A conclusão é de um estudo assinado por pesquisadores de cinco instituições de ensino superior.
Eles analisaram profissionais de 554 escolas com ensino presencial, no período de 7 de fevereiro a 6 de março de 2021. O grupo da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de SP concluiu que a incidência do coronavírus foi 2,92 vezes, ou 192%, maior nesse público do que na população adulta fora das salas de aula.
No Distrito Federal, a rede pública de ensino optou por aulas remotas, mas a privada manteve o modelo presencial. A preocupação dos docentes se torna maior pela quantidade de colegas que perderam a vida para a doença.
Entre os docentes de instituições públicas que não resistiram à doença estão o professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Fávero Sobrinho, e a mulher dele, a professora da rede pública Anna Angélica Oliveira Paixão, ambos mortos em 4 de abril.
Em 11 de março, o coronavírus vitimou a professora da rede pública Sílvia Marçal. A profissional trabalhava no Centro de Ensino Fundamental 4, em Taguatinga, e também lecionou no Centro de Ensino Médio Setor Leste, na Asa Sul. Em agosto de 2020, o também docente de unidade do governo Marcelo Mariani morreu por complicações da Covid-19. (Metrópoles)