Parlamentares pernambucanos se manifestaram, pelas redes sociais, sobre a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que divulgou vídeo com ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF). A maioria dos parlamentares do Estado criticou o legislador. O caso, agora, será analisado pelos plenários da Câmara dos Deputados e do STF para decidir se o parlamentar seguirá detido.

O deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos) disse que as manifestações são “inaceitáveis” e “ferem a democracia”. Ele também cobrou um alinhamento entre o Legislativo e Judiciário sobre a questão. “As declarações do deputado Daniel Silveira são inaceitáveis e ferem a democracia. Não podemos permitir atitudes como essa. Entretanto, é preciso serenidade e prudência para discutimos as circunstâncias da prisão. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do STF, ministro Luiz Fux, precisam sentar à mesa para construir um caminho”, declarou, em seu Twitter.

Segunda secretária da Câmara dos Deputados, o deputada federal Marília Arraes (PT) avaliou que o colega atentou contra a democracia. “O deputado, preso em flagrante, atenta (e não é de hoje) contra a Constituição Federal, contra a democracia, por isso merece ser punido com a cassação do seu mandato”, afirmou.

O posicionamento mais duro, contudo, partiu do deputado federal Luciano Bivar. Primeiro secretário da Câmara Federal, o parlamentar também é presidente nacional do PSL e defendeu a expulsão do correligionário do partido.

O senador Humberto Costa (PT) ponderou que há limites para a liberdade de expressão. “Liberdade de expressão não se confunde com insulto e apologia à crime. O indivíduo ainda quis dar espetáculo. Se recusou a usar máscara e desacatou a agente plantonista. Não ficará impune”, criticou.

Já o deputado estadual João Paulo (PCdoB) disse que a prisão do parlamentar é um alívio para a democracia. “A sensação com a prisão de Daniel Silveira foi de alívio por saber que a democracia, mesmo ameaçada, ainda respira. Temos assistido a tanto desrespeito, mentira, violência que o sentimento é de terra de ninguém. Não lutamos tanto pela democracia para perder para basculho, né não?”, defendeu. (FolhaPE)