Vacinas devem levar 5 dias para chegar a estados após registro ou uso emergencial aprovado, diz Pazuello ao STF
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que é possível distribuir uma vacina contra o novo coronavírus para estados de todo o país em um prazo de cinco dias, após o registro do imunizante ou a autorização do uso emergencial. O anúncio, feito nesta terça-feira (15), foi uma resposta ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que cobrou um plano de vacinação ao governo federal.
“Registrada uma vacina ou autorizado o uso emergencial de um imunizante, bem assim seja o imunobiológico adquirido (nos termos da legislação pertinente) e entregue no Complexo de Armazenamento do Ministério da Saúde, a previsão de distribuição para Estados e Distrito Federal é de até cinco dias”, escreveu o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Na última sexta-feira (11), o governo enviou o plano de vacinação ao Supremo sem prever datas nem quais imunizantes vai usar em cada grupo. No anúncio desta terça, no entanto, o ministério da Saúde segue sem apresentar uma data para o registro das vacinas ou atorização do uso emergencial.
“Por fim, é importante lembrar que, até o presente momento, ainda não há vacina disponível para uso imediato no mercado brasileiro, o que, por evidente, é condição para disponibilização da vacina”, escreveu o ministro.
Pazuello informou a Lewandowski que há quatro projetos de vacinas na Fase 3 de testes, que são os promovidos pelas farmacêuticas AstraZeneca, Janssen, Sinovac e Pfizer. “Ao que consta, nenhuma delas solicitou registro ou autorização para uso emergencial até a presente data no país”, disse.
O ministro ainda disse ao STF que a estimativa da pasta é a de que, depois de iniciado, o Plano de Imunização leve doze meses para vacinar a população em geral, mas pondera que isso “dependerá, concomitantemente, do quantitativo de imunobiológico disponibilizado para uso”. (DP)