Sem Carnaval, hotéis estimam perda de 11% a 12% da receita prevista para 2021
A receita obtida durante o Carnaval corresponde a 11% a 12% do faturamento anual dos hotéis de Salvador, de acordo a regional da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH-BA). Cancelada a festa em fevereiro de 2021, o retorno deste faturamento é mais difícil, segundo o presidente da entidade, Luciano Lopes, pois em outro período será mais difícil obter o mesmo aumento de diária média. Já para a Vinci, concessionária que administra o Salvador Bahia Airport, mesmo o carnaval sendo o pico anual de fluxo, essa demanda deve ser transferida para quando a festa acontecer.
Em comum, ABIH-BA e Vinci concordam que a medida anunciada pelo prefeito ACM Neto no dia 27 de novembro é correta, por causa da pandemia do novo coronavírus. “Um evento como o Carnaval, que tem por características a reunião de multidões e bastante contato físico, só deve ser viável após o início da vacinação da população brasileira”, afirma Marcus Campos (foto), gerente de Marketing e Promoção Aérea do aeroporto de Salvador.
Lopes avalia que um imunizante contra a Covid-19 deve chegar para a população brasileira até o final do primeiro semestre de 2021. “O melhor cenário (para o Carnaval) é ter uma decisão. Na indefinição, os hotéis não estavam conseguindo vender pacotes para o Carnaval”. Para o verão, o executivo conta que a aposta do setor hoteleiro está em pacotes que agreguem hospedagens com programas que garantam segurança sanitária.
“Passeios seguros, cumprindo todos os protocolos melhoram a experiência do hóspede e sua disposição de voltar (a Salvador)”, destaca Lopes. Mesmo sem o reinado de momo, o presidente da ABIH-BA espera expansão durante o verão. A estimativa da entidade é de ocupação em torno de 55% e 60% em janeiro e fevereiro.
Em janeiro de 2020, a ocupação média foi de 73,5%. Não há previsão de diária média para esta temporada. O verão de 2019-20 teve preço médio de R$ 349, enquanto no Carnaval a hospedagem saia por R$ 800 dia, em média. (Bahia.ba)