Paulo Câmara recebe Humberto para tratar de cargos na gestão

Paulo Câmara recebe Humberto para tratar de cargos na gestão

O encontro está marcado para as 15h no Palácio do Campo das Princesas. O governador Paulo Câmara (PSB) vai receber o senador Humberto Costa (PT) e o secretário estadual de Agricultura Dilson Peixoto (PT). Na pauta: os cargos que o PT ainda ocupa na gestão do PSB. Apesar de a campanha de João Campos à Prefeitura do Recife ter adotado a estratégia do antipetismo, o PSB manteve o PT no Governo do Estado com sua cota intacta ao longo do processo eleitoral.

A lógica era rachar o PT e não legitimar o discurso de Oposição da, então, prefeiturável Marília Arraes (PT). O PT ocupa, no Governo do Estado, ainda: a Secretaria de Agricultura, o Iterpe, a EPTI e o IPA. Às vésperas do 2º turno, João Campos chegou a afirmar o seguinte: “Não terá nenhuma indicação política do PT no meu governo”. Deu a declaração em entrevista à CBN Recife e tachou de “incoerência” do PT a manutenção dos espaços. Na Prefeitura do Recife, Oscar Barreto entregou o comando da Secretaria de Saneamento ainda no 1º turno. Mas há quem afirme que ele ainda mantém os cargos lá.

Sobre esses vínculos, João Campos, na ocasião, assinalara: “Quem tem a hegemonia de tomar a decisão, ou é o prefeito ou o governador, é quem está na liderança do processo”. No dia da vitória dele na corrida pela Prefeitura da Capital, o governador Paulo Câmara, indagado sobre os cargos do PT na sua administração, afirmou que havia diálogo com os petistas e que o assunto ainda seria abordado. Antes, o presidente estadual do PT, Doriel Barros, chegou, em nota, a tachar João Campos de “imaturo” e “despereparado” e realçou que o PT foi fundamental para a reeleição de Paulo Câmara em 2018, sublinhando que os petistas estavam na gestão a convite do governador.

Vice-presidente nacional do PT, José Guimarães, que encontrava-se no Recife na véspera do 2º turno em conversa com a coordenadora da campanha de Marília, Teresa Leitão, abordou o assunto, como a coluna antecipou. Teresa relatou ter ouvido dele o seguinte: “Independente do resultado dessa eleição, não há clima para um convívio político com o PSB mais”. Guimarães disse ainda: “O que o PSB fez, o que o candidato declarou sobre o PT é imperdoável”. Hoje, o desenlace deve ser sacramentado.  (FolhaPE)

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