Condições meteorológicas e erro do piloto levaram à queda de avião que transportava Gabriel Diniz
Condições meteorológicas adversas e a atitude do piloto levaram à queda do avião que transportava o cantor Gabriel Diniz, 28, em maio de 2019, mostra relatório do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da FAB (Força Aérea Brasileira), divulgado nesta quinta (29).
No dia 27 de maio do ano passado, Gabriel Diniz, do hit “Jenifer”, estava indo de Salvador para Maceió com o objetivo de encontrar a namorada, Karoline Calheiros, e a família, quando a aeronave caiu na cidade de Estância, na região de manguezal do Porto do Mato, perto da divisa entre Sergipe e Bahia.
No acidente, morreram Diniz e os outros dois ocupantes do avião, os pilotos Linaldo Xavier e Abraão Farias. De acordo com o Cenipa, era Xavier que estava no comando da aeronave e teria tomado atitudes consideradas erradas. Segundo o relatório do órgão, ele não avaliou adequadamente os parâmetros para a operação da aeronave com a decisão de prosseguir com o voo em condições meteorológicas desfavoráveis. Xavier estava com a habilitação de Avião Monomotor Terrestre (MNTE) válida.
O documento aponta um total de seis fatores que contribuíram para a queda. Além da atitude do piloto e das condições meteorológicas adversas, foram listados: indisciplina de voo, julgamento de pilotagem, planejamento de voo e processo decisório. “Além disso, é presumível inferir que o fato de transportar um artista que possuía compromissos familiares no destino tornou-se um dado relevante para a tomada de decisão, em detrimento a relevantes aspectos relativos à manutenção da segurança da operação”, diz o relatório.
Segundo informações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave, que era propriedade do Aeroclube de Alagoas, não tinha autorização para fazer táxi aéreo, só poderia fazer voos de instrução. Ainda de acordo com a agência, o avião tinha o Certificado de Aeronavegabilidade, ou seja, autorização para voar, até 2023. A inspeção mecânica do monomotor também estava em dia e vigente até 2020.