Pandemia causa mudanças e exige atenção aos pets
O novo coronavírus mudou rotinas em todo o mundo. E isso não é exclusividade dos humanos. Os pets também têm vivido alterações e precisam de uma atenção especial. Muito se fala dos cuidados com a limpeza das patas após os passeios, uma vez que os animais, até onde se tem registro, não transmitem o vírus para os humanos, mas podem carregá-lo para o ambiente através do contato na rua. Os especialistas, porém, ressaltam a importância de usar produtos específicos para a essa higienização, de forma que não agridam o animal.
“Tem que ser com produto veterinário específico, que pode ser usado diariamente sem prejuízo para saúde deles. Tem até lenços umedecidos manipulados em farmácias veterinária que limpam e hidratam”, destaca a médica veterinária Manuela Passos, lembrando também a necessidade de manter outros cuidados, como a proteção a ectoparasitas (pulgas e carrapatos) e a atualização do cartão de vacinas e da vermifugação. Embora haja um receio de os pets levarem o novo coronavírus para dentro de casa, não se pode esquecer que eles também precisam de cuidados especiais contra os riscos iminentes das idas à rua.
Saber escolher o horário de passear também é fundamental. Apesar de as recomendações serem para adotar horários alternativos, de forma que não haja tantas pessoas na rua, os momentos de maior calor do dia devem ser evitados. “Os cães não suam como os humanos, então têm dificuldade em manter o equilíbrio da temperatura em ambientes muito quentes. Horários de muito sol e calor não são indicados, sobretudo para raças braquicefálicas, como Pug e Bulldog. Eles podem hiperaquecer e isso gerar uma situação de emergência que pode levar ao óbito”, diz a médica veterinária.
E, como os passeios estão mais curtos, para evitar maiores exposições em tempos de pandemia, é essencial encontrar alternativas para gastar a energia dos cães. Dependendo da idade e da raça do animal, a necessidade por atividades é maior, podendo gerar até certa ansiedade. “Outra preocupação é que, com os tutores mais tempo em casa, aumenta a oferta de petiscos. Mais alimento e menos exercício resulta em ganho de peso, que pode trazer problemas respiratórios, articulares, entre outros”, alerta a médica veterinária.
Com o início das flexibilizações do isolamento social, após meses de convívio intenso, alguns pets poderão ficar mais sensíveis à ausência dos tutores. Por isso, o ideal é ficar atento a qualquer alteração no comportamento. (Folha)