Desaparecida há 3 dias, menina de 9 anos é encontrada em bairro da capital pernambucana
A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) confirmou que Júlia Nascimento, de 9 anos, foi encontrada. Após três dias desaparecida, a menina foi localizada no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na manhã desta sexta-feira (24). A criança foi levada para a Delegacia de Rio Doce, em Olinda, no Grande Recife. Ela e os pais deverão ser ouvidos pelo delegado responsável pelo caso é o Frederico Marcelo Castro do Rego Barros.
Desde a última terça-feira (21), o casal Wellington e Patrícia Nascimento procuravam pela filha. A garota desapareceu após deixar o apartamento onde mora com a família no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda. Imagens do circuito interno de segurança mostram o momento que a criança deixou o condomínio Enseada do Atlântico, na rua Coronel João Alexandre de Carvalho, pouco antes das 5h40, com uma mochila nas costas.
A ausência de Julia foi notada pelo pai, que, ao acordar por volta das 7h, pereceu que a filha não estava dormindo na cama, como de costume. Segundo a mãe, a menina teria aproveitado o momento em que ela havia ido ao banco, para arrumar a bolsa e sair de casa. Ao se dar conta de que a criança não estava no apartamento, Wellington e o outro filho do casal, Estevão, saíram à procura da garota pelo condomínio e pelas ruas próximas ao prédio, mas sem sucesso.
O casal registrou um Boletim de Ocorrência na Central de Plantões da Capital, no Recife, ainda na terça-feira. No dia seguinte, quarta-feira (22), após a divulgação do caso nas redes sociais, Wellington e Patrícia receberam diversas ligações e mensagens sobre o suposto paradeiro de Julia. Entre as informações, duas davam conta de que a criança teria sido vista caminhando pelas proximidades do Flat Quatro Rodas, no bairro de Casa Caiada, e na quarta etapa do bairro de Rio Doce, ambos em Olinda.
Pelas circunstâncias do desaparecimento, a polícia acredita que a menina pode estar sendo induzida por alguém. A mãe de Julia conta que a família se mudou recentemente para o apartamento em Jardim Atlântico e, por isso, ela não possui amizades pelas redondezas. Ainda de acordo com Patrícia, o casal e os dois filhos viviam no bairro do Janga, no Paulista, antes de se mudarem para Olinda. No mesmo dia do desaparecimento, os pais foram à procura da criança nas proximidades da antiga casa, mas nenhum vizinho teria notícias da garota.
Segundo a mãe de Julia, no dia anterior ao desaparecimento, o casal e os dois filhos teriam comparecido a um culto e que estria tudo bem entre a família, o que reforça a tese da polícia de que a criança pode ter sido induzida por alguém a deixar a casa onde mora com os pais e o irmão.
De acordo com o pai, a menina não tinha acesso a redes sociais, o que seria um possível canal para encontrar alguém que pudesse induzi-la. “Patrícia e eu concordamos que tanto Julia como Estevão não têm idade para estar nas redes sociais. Nenhum deles possui Facebook, Instagram e WhatsApp. Quando eles têm acesso à internet, é para assistir filmes e desenhos que selecionamos dentro da faixa etária no Youtube ou na Netflix. Temos feito o possível para manter nossos filhos afastados da mídia social”, afirmou Wellington.
Julia, ainda segundo a família, foi adotada por Patrícia e Wellington há quase dois anos junto com seu irmão, Estevão. Os pais contam que a menina gosta de cantar, ler, assistir a filmes de animais e brincar de boneca, como qualquer outra garota da sua idade. (DP)