Combate à leishmaniose: prefeitura orienta clínicas veterinárias sobre notificações da doença em Petrolina
Entre as doenças com mais alta mortalidade de animais, está a Leishmaniose Visceral Canina (LVC) que pode apresentar sintomas como febre, anemia e perda de peso do animal. Por conta disso, a Prefeitura de Petrolina está trabalhando para controlar os casos da doença no município. Entre as medidas tomadas, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) está convocando médicos veterinários de clínicas particulares para que os estabelecimentos possam colaborar com as notificações em animais domésticos, que tiverem resultado positivo para a doença.
A primeira reunião foi realizada no próprio CCZ, nesta segunda-feira (29), com o intuito de orientar os profissionais. Para evitar aglomeração, estão sendo convocados dois profissionais por vez, com uso obrigatório de máscara. Estes encontros fazem parte da primeira etapa para a implantação de uma política de notificação municipal para que, futuramente, o comunicado seja feito de maneira compulsória. Sendo assim, as clínicas deverão encaminhar obrigatoriamente às autoridades de saúde pública os casos ocorridos, dada a relevância que envolve a saúde humana, ambiental e animal.
Com o levantamento epidemiológico completo, o município poderá traçar medidas de controle mais efetivas e direcionadas como, por exemplo, ações pontuais em bairros que apresentem maior número de notificações. O projeto, que está em fase inicial, deverá ser encaminhado à Câmara Municipal para que possa virar decreto após a avaliação do legislativo.
Transmissão
A transmissão da leishmaniose visceral canina ocorre pela picada do mosquito-palha e afeta principalmente cães e humanos. A leishmaniose visceral canina não é transmitida pelo contato direto entre animais domésticos e o ser humano. É necessário que o mosquito pique um animal infectado e em seguida um humano – ou vice-versa -, ocasião em que transmite o protozoário.
A leishmaniose visceral nos seres humanos ataca principalmente o sistema imunológico, causando insuficiência renal crônica, emagrecimento, atrofia muscular, febre, artrite e diarreia. Nos animais, observa-se queda de pelos, descamação cutânea e presença de ulcerações localizadas ou difusas, além de uma generalizada letargia e emagrecimento.