Vacina de Oxford contra covid já chegou ao Brasil: primeiro lote

Vacina de Oxford contra covid já chegou ao Brasil: primeiro lote

Já está no Brasil o 1º lote da vacina da Universidade de Oxford contra a covid-19, que será testada em 2 mil pessoas no país. As doses vão ser aplicadas nas próximas semanas em testes no Rio de Janeiro e São Paulo. Um dos pesquisadores da equipe responsável pelos testes, Antonio Carlos Moraes, do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, disse que a imunização está armazenada tem temperaturas negativas, até que sejam iniciados os testes em brasileiros.

“Parte já chegou e fica em congelamento, de onde a gente vai tirando, progressivamente, com a necessidade da demanda”, disse o pesquisador do grupo que testará a vacina ChAdOx1 no Rio de Janeiro. O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido que vai testar a eficácia dessa imunização contra o vírus da Sars-Cov-2.

O teste foi aprovado pela Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com o apoio do Ministério da Saúde.

Rio de Janeiro

No Rio, os testes serão feito em mil voluntários pela Rede D’Or São Luiz, no valor de R$ 5 milhões bancados pela Rede e sob coordenação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor).

O pesquisador explicou que a triagem de voluntários para a pesquisa deve ir até a última semana de junho.

Segundo ele, os escolhidos serão submetidos a testes para confirmar que não foram infectados pela Covid-19, para poderem seguir com o experimento.

“Neste momento, são os profissionais da saúde – que estão em maior contato com pacientes infectados – que têm a prioridade para os testes”, disse.

Como participar

No Rio e em São Paulo, poderão se inscrever como voluntários para participar dos testes profissionais da saúde que atuam na linha de frente de combate à Covid-19 e adultos entre 18 e 55 anos que também trabalhem em ambientes de alto risco para exposição ao vírus.

No Rio de Janeiro, voluntários que façam parte do público-alvo da pesquisa devem procurar o Idor e perguntar sobre como participar do experimento.

Em São Paulo, a seleção está a cargo do Crie, da Unifesp.

São Paulo

A Unifesp informou em comunicado, que motoristas de ambulâncias, seguranças que trabalhem em hospitais e agentes de limpeza de hospitais também poderão se inscrever.

Entretanto, a entidade esclareceu que ainda não foi iniciado o processo de recrutamento.

“A previsão é de que os procedimentos no Brasil comecem ainda em junho”, garantiu a nota.

Os voluntários serão acompanhados durante um ano. Passarão por consultas, terão o sangue coletado e serão examinados para possíveis efeitos colaterais.

Após um ano, serão comprovadas a segurança e a eficácia da vacina, a partir do número de infectados.

O procedimento, segundo o pesquisador, é seguro, já que a vacina usa apenas parte da proteína que reveste o material genético do vírus e não o vírus em si. Por isso não há o risco da duplicação do Sars-Cov-2 no paciente.

Placebo

Dos mil participantes, 500 vão receber a vacina ChAdOx1 e outros 500 a vacina para meningite.

“Isso porque esse é um estudo extremamente importante precisa de um alto índice ético. No final do estudo, os 500 que receberam a vacina para meningite receberão a vacina da Covid-19 caso ela tenha sido eficaz, como a gente acredita que será.”

Reino Unido

A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford deve ficar pronta ainda este ano.

Ela é produzida a partir de uma versão enfraquecida de um adenovírus que causa resfriado em chimpanzés adicionado ao material genético usado para produzir a proteína Spike do SARS-Cov-2 para a criação de anticorpos.

A vacina já está sendo aplicada em 10 mil voluntários no Reino Unido.

A dificuldade para provar a possível eficácia está no fato de os cientistas dependerem da continuidade da circulação do vírus entre a população para que os voluntários sejam expostos ao coronavírus Sars-Cov-2, por isso os testes vieram para o Brasil.

Com informações do G1 // Foto: VOA

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