A comunidade científica se animou nesta terça-feira (16) com o anúncio de um medicamento, a dexametasona, que pode ajudar a reduzir a mortalidade da Covid-19. Na visão da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os resultados do estudo de Oxford credenciam o medicamento para que passe a ser prontamente aplicado em pacientes no Brasil.
Em informe publicado ainda nesta terça, a associação demonstrou otimismo com o anúncio, classificando-o como uma “boa nova”. Isso porque a dexametasona é o único tratamento farmacológico a demonstrar resultados práticos em relação à mortalidade em um experimento clínico com metodologia rígida, ainda que os dados ainda não tenham sido publicados em uma revista científica até o momento.
Como aponta o texto assinado pelo presidente da SBI, Clóvis Arns da Cunha, a droga apresentou dados positivos em testes randomizados, quando os pacientes que receberão o tratamento em questão são sorteados aleatoriamente, e com grupo de controle, que recebe apenas um tratamento convencional, sem nenhuma droga adicional, permitindo comparar os resultados com clareza. Desde o início da pandemia, outros medicamentos chegaram a apresentar resultados promissores, mas que não se confirmaram quando os experimentos seguiram uma metodologia mais rígida. É o caso da cloroquina.
Como conclusão prática, a SBI passou a recomendar que todos os pacientes em situação de internação, seja com ventilação mecânica em UTIs, ou que necessitem apenas de oxigênio em leitos de enfermagem devem receber a dexametasona uma vez ao dia por via oral ou endovenosa. O comunicado também ressalta o fato de que ele é universalmente acessível e barato. (Olhar Digital)