Conforme ressalta o governo, o número de mortes registradas nas últimas 24 horas não indica quantas pessoas faleceram entre um dia e outro, mas sim o número de mortes que tiveram o motivo de coronavírus confirmado nesse intervalo. Ou seja, esse número pode conter óbitos que ocorreram anteriormente, mas que só recentemente foram diagnosticados como decorrentes do novo coronavírus e registrados nas estatísticas oficiais do Ministério da Saúde.
Mesmo assim, o número oficial de registros vem numa crescente e, em cada um dos três últimos dias, foi atingida a marca de 600 novos registros diários de morte por covid-19 no País. Até esta semana, a maior marca atingida era de 474 novos registros de morte por covid-19 em um dia, número que foi contabilizado em 28 de abril, quando o Brasil superou a China no total de mortes decorrentes do novo coronavírus.
Especialistas também apontam que o número real de pessoas infectadas é bem maior do que o registrado pelas estatísticas oficiais. Um estudo divulgado nesta sexta-feira, 8, pelo Grupo de Resposta à Covid-19 do Imperial College de Londres, estima que pelo menos 4,2 milhões de pessoas já foram contaminadas pelo coronavírus no Brasil.
A pesquisa, embasada na análise dos 16 Estados com mais casos até o momento, aponta que as medidas de isolamento social foram capazes de derrubar em mais de metade o número de para quantas pessoas alguém contaminado pode transmitir a doença, mas que a epidemia continua em aumento exponencial em todos os Estados analisados. (TERRA)