Pernambuco prepara protocolo para retomada das atividades econômicas
Mesmo ainda sem previsão para flexibilização do retorno às atividades de comércio, serviços e demais operações consideradas não essenciais durante a pandemia do novo coronavírus, Pernambuco já discute com o setor produtivo do Estado a elaboração de um protocolo para definição de como se dará essa retomada. Por setor, o Estado espera definir uma série de determinações como cuidados de higiene, distanciamento e fluxo de pessoas. A expectativa é estar com um documento pronto até o fim deste mês.
O Estado firmou parceria com a consultoria Deloitte, com duração de 90. A Deloitte vai contribuir voluntariamente na coleta de informações sobre boas práticas adotadas em outras localidades para ajudar nas decisões de Pernambuco. “Estamos com diálogo permanente com todas as entidades e federações, fazendo reunião todos os dias com os líderes de cada setor para tentar encontrar os caminhos para mitigar os efeitos imediatos (da pandemia) e trabalhando também nos protocolos de flexibilização, para quando ela acontecer”, diz o secretário de desenvolvimento econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach.
Sem cravar data para flexibilização, o secretário assegura que ter o protocolo pronto até o dia 30 de abril – quando se encerra a vigência do atual decreto de proibição das atividades – seria o ideal, “mas tudo vai depender dos dados diários sobre a pandemia.”
Nesta terça-feira (21), em vídeoconferência, o secretário conversou com representantes da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), além de outros empresários da construção civil. Especificamente essa categoria tem pleiteado a liberação das atividades nos canteiros de obra antes do encerramento da vigência do atual decreto, que proíbe a realização de obras que não sejam públicas ou emergenciais.
O setor tem cravado essa semana como decisiva para início de demissões, já que a maioria dos trabalhadores começarão a retornar das férias coletivas. “A questão da flexibilização depende muito do número de contaminações e leitos no Estado. A gente tem discutido sobre todos os assuntos. Existem medidas do governo federal para evitar a demissão (MPs para redução de jornada e salários e suspensão de contratos). Nós acreditamos que essas medidas são boas, mas talvez não suficiente”, afirma Schwambach. (JC)