Sindicato diz que policiais civis de Pernambuco vão parar por 24 horas nesta sexta-feira
O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) anunciou, na noite desta quarta-feira (11), que a categoria decidiu paralisar as atividades por 24 horas a partir da 0h desta sexta-feira (13). Por meio de nota, o Sinpol declarou que a decisão foi tomada porque o governo do Estado “se comprometeu a apresentar uma proposta concreta de reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho da categoria nesta quarta-feira (11) e não o fez”. Em resposta, a Polícia Civil afirmou que o canal de diálogo está aberto e “qualquer iniciativa no sentido de paralisar atividades, além de ilegal, é precipitada”.
Em assembleia geral extraordinária, realizada nesta quarta (11), na sede do Sinpol, em Santo Amaro, no Centro do Recife, os policiais civis também definiram que a operação padrão “será implementada intensamente” a partir desta quinta-feira (12). Uma nova passeata está marcada para o dia 19 de março, com concentração a partir das 9h, na sede do Sinpol.
“A categoria deu um voto de confiança ao governo, mesmo com o histórico de falta de diálogo. Não paralisamos as atividades durante o Carnaval em respeito ao povo pernambucano e, mais uma vez, sinalizando nossa disposição em não radicalizar. Mas, infelizmente, está provado que esse governo só entende a linguagem da luta. É uma pena, mas está obvio que o governador não tem palavra. Mentiu para os policiais civis e para o povo pernambucano”, disse o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros.
Polícia Civil diz que mantém canal de diálogo aberto com a categoria
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que mantém aberto um canal de diálogo com a categoria, “com avanços importantes obtidos por meio da mesa de negociação ao longo dos últimos anos”.
Leia a íntegra da nota da Polícia Civil
A Polícia Civil de Pernambuco acredita na responsabilidade e no compromisso dos seus servidores com a segurança pública e o bem-estar dos pernambucanos. Vale lembrar que o Supremo Tribunal Federal decidiu, em 2017, pela inconstitucionalidade das greves por parte dos policiais civis e demais servidores que atuam diretamente na segurança pública. Casos que infrinjam a legislação vigente e normas internas da corporação serão, como de praxe, analisados pela Corregedoria Geral da SDS.
É importante lembrar que o Governo de Pernambuco mantém um canal de diálogo aberto com a categoria, com avanços importantes obtidos por meio da mesa de negociação ao longo dos últimos anos. Em tempos de crise, em que muitos estados deixaram de honrar com a folha de pagamento, houve significativos ganhos salariais e nas condições de trabalho para os policiais de Pernambuco. Qualquer iniciativa no sentido de paralisar atividades, além de ilegal, é precipitada. A PCPE, integrada às operativas de segurança, não medirá esforços para prevenir e reprimir a violência, garantindo o ir e vir e o bem-estar da população.
Policiais tinham ameaçado parar no Carnaval
Os policiais civis tinham ameaçado parar no Carnaval deste ano. A paralisação foi descartada após reunião, no dia 18 de fevereiro, com representantes do governador Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas, área central do Recife. Na pauta entregue durante a negociação, os policiais pediram alteração do salário inicial para R$ 6 mil, do salário final para o mesmo valor do delegado de polícia de 2º nível e chamamento de todos os aprovados no último concurso, entre outros tópicos. (JC)