Pernambucanos se unem para produzir protetores faciais em impressão 3D contra Covid-19
Um grupo formado por empresas, coletivos e pessoas físicas, que possuem impressoras 3D e/ou cortadoras a laser, estão formando uma rede em Pernambuco para produzir equipamentos de proteção individual. O material será doado gratuitamente a instituições de saúde e profissionais que, no exercício de suas atividades, podem eventualmente ter contato com pacientes da Covid-19, como garis e policiais. Inicialmente, a ideia é produzir protetores faciais com lâminas de acetato, que têm se mostrado mais eficientes na proteção contra o novo coronavírus, intensificando a necessidade. Para conseguir produzir em grande escala, o grupo fez duas campanhas virtuais: uma para reunir o maior número de voluntários (pessoas e empresas que tenham impressora 3D e cortadora a laser) e outra para arrecadar dinheiro ou doação de matéria-prima para fabricação dos protetores faciais.
Em Pernambuco, doze grupos de diferentes perfis já se uniram a essa causa, como o IP.Rec, Lab Griô, Porto Digital, Casa Criatura e Coletivo 3D. Mas este número pode crescer. Quem tiver impressora 3D ou cortadora a laser pode se inscrever no https://bit.ly/cadaimpressaocontaPE . “A maioria das pessoas está colocando suas máquinas e mão de obra como doação. Quanto mais parceiros encontrarmos, menos sobrecarregados ficaremos. Gostaríamos de chegar em mil protetores faciais em 15 dias, que foi o número que uma rede similar na Bahia conseguiu produzir. Mas vai depender desse esforço de articulação e negociação”, pontuou Caio.
Outro grande desafio dos makers é mapear a demanda, ou seja, descobrir quais lugares que estão precisando dos protetores faciais. Para isso, os envolvidos têm solicitado que os interessados também se cadastrem no https://bit.ly/cadaimpressaocontaPE . “É interessante realizar esse cadastro para conseguirmos direcionar as demandas, termos a visão real de quais locais precisam de protetores faciais”, explicou o líder da E-Nable no Brasil, Everton Lins. A E-Nable é uma rede internacional sem fins lucrativos, que existe desde 2014 e atua em 55 países, articulando demanda e doação através da tecnologia em saúde.
De acordo com Everton, divulgar a iniciativa também é fundamental. Até agora, poucas entidades em Pernambuco, dos municípios do Recife, Olinda, Paulista e Caruaru se cadastraram para recebimento dos protetores faciais. “Sabemos que há muitas cidades do interior que têm carência de EPIs. Queremos que pessoas e empresas com impressora 3D no interior do estado se cadastrem e ajudem a mapear as instituições do interior de serviços essenciais que possuem essa demanda”, colocou o líder da E-Nable no Brasil. Podem se cadastrar para receber os protetores faciais instituições como Corpo de Bombeiros, Batalhões da Polícia Militar, empresas de limpeza pública, inclusive hospitais da rede privada. “Todas as pessoas jurídicas que precisam do EPI podem se cadastrar. E o parceiro é que escolhe para quem vai doar o material produzido.